Missa inicia festividades do Dia de São Sebastião, padroeiro do Rio


As comemorações pelo Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade e da Arquidiocese do Rio de Janeiro, foram iniciadas hoje (20), às 10h, com missa solene na Basílica Santuário de São Sebastião, localizada na Tijuca, zona norte da capital fluminense. Logo mais, às 16h, sairá da Basílica Santuário a Procissão Arquidiocesana, que seguirá até a Catedral Metropolitana, na Avenida Chile, região central do município, onde o cardeal dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio, rezará missa solene.

Trezena

Tradicionalmente, o arcebispo do Rio realiza, na Arquidiocese, a Trezena de São Sebastião, envolvendo 13 dias de preparações e orações. A trezena foi iniciada no dia 7 de janeiro, com o tema “São Sebastião: vocacionado à missão”, inspirado na celebração do Ano Vocacional Missionário.

A festa de São Sebastião ultrapassa as comemorações do dia 20 de janeiro. A réplica da imagem do santo trazida por Estácio de Sá percorre toda a cidade e, durante 13 dias, é levada as paróquias, capelas, oratórios, hospitais, forcas armadas e auxiliares, prédios de órgãos governamentais, rádios e emissoras de televisão, entre outras instituições. O objetivo é levar a bênção do padroeiro a todas as pessoas, pedindo pelo novo ano que se inicia. A trezena de São Sebastião termina um dia antes da festa do padroeiro.

Ontem (19), às 6h, a imagem de São Sebastião foi levada ao Santuário do Cristo Redentor. A manhã teve início com a Caminhada de São Sebastião, que saiu do Centro de Visitantes Paineiras e chegou ao Santuário por volta das 7h30, quando começou a celebração, presidida pelo arcebispo do Rio, cardeal Orani João Tempesta. A peregrinação continuou visitando a Casa de Betânia (Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência) e a Obra Social O Sol, no Jardim Botânico, encerrando o dia com missa na Capela Nossa Senhora Aparecida, da Central do Brasil, no centro da cidade.

Esperança

Em entrevista à Agência Brasil, dom Orani Tempesta lembrou que quando Estácio de Sá trouxe para o Rio a imagem de São Sebastião, dando seu nome à cidade, “ele trouxe um belo exemplo de um grande homem que viveu em tempos difíceis e foi perseverante. Ele viveu no final do século terceiro para o século quarto e foi um cristão no meio de perseguições cristãs, o que nos mostra a firmeza, a coragem de não voltar atrás na sua convicção de viver fazendo o bem, mesmo quando tudo ao redor fazia o contrário”.

O arcebispo do Rio completou que “isso, para nós, é sinal de esperança e confiança, (sinal) da tenacidade de São Sebastião, que forma a alma do carioca, que tem essa tenacidade, essa coragem, esse ânimo de não desanimar com os problemas, mas buscar encontrar soluções e continuar fazendo a sua missão. Os cariocas herdaram muito essa coragem, essa tenacidade, de São Sebastião que, mesmo depois das flechadas, continuou atuando e agindo”. Por isso, dom Orani Tempesta afirmou que, neste momento em que todos estamos retomando os trabalhos presenciais a partir do controle da pandemia, “nós somos chamados a nos levantar como São Sebastião se levantou, e continuar nossa missão com coragem renovada. Os cariocas e os que moram aqui no Rio de Janeiro, ao olhar para São Sebastião, devem olhar para ter esperança e confiança que renascem quando vemos a sua vida e o seu exemplo”, concluiu o arcebispo do Rio.

São Sebastião

São Sebastião nasceu na cidade francesa de Narbonne, no século terceiro. Seus pais eram oriundos de Milão, na Itália. Seu nome deriva do grego Sebastós, que significa divino. Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283. Cristão, ele queria ajudar outros cristãos condenados pelo Império Romano. Foi perseguido e capturado, se negou a renunciar à sua fé e acabou martirizado por ordem do imperador Diocleciano.

São Sebastião é o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, dando seu nome à cidade, desde a sua fundação por Estácio de Sá. Conta-se que na batalha final que expulsou os franceses do Rio, São Sebastião foi visto com uma espada na mão, entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os franceses calvinistas. Era o dia 20 de janeiro. O santo passou a ser celebrado nessa data.

*Colaborou Francisco Eduardo Ferreira, estagiário da Agência Brasil.

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